sexta-feira, 6 de novembro de 2015

DOM E DONS DO ESPÍRITO SANTO.


"Todavia, digo-vos a verdade, convém-vos que eu vá; pois se eu não for, o Ajudador (Consolador) não virá para vós; mas, se eu for, vo-lo enviarei". Mateus 16. 7

Neste capítulo vamos ver a respeito do Espírito Santo e da necessidade de viver sob o seu controle. Ele é o nosso Ajudador, Consolador, Conselheiro, Advogado, enfim, é a presença constante de Jesus Cristo em nossa vida. Vermos abaixo um resumo da atuação do Espírito Santo de Deus:-

1. Quem é o Espírito Santo?
O Espírito Santo é uma das pessoas da trindade, composta pelo Pai, Filho e Espírito Santo. Ele aparece também na criação do mundo (Gênesis 1.2). No Velho Testamento o vemos capacitando pessoas para determinadas obras. Exemplos:- Em números 11.16 e 16 são capacitados os setenta homens de Moisés; em I Samuel 16. 13 e 14 o Espírito Santo capacita a Davi como rei e se retira de Saul. Ainda no Velho Testamento é prometido a todos os que cressem em Jesus - Joel 2.28.

2. Ele age na nossa salvação.
A nossa salvação é fruto da ação do Espírito Santo em nossos corações. Ao nascermos de novo (João 3.6) recebemos o selo do Espírito como penhor (garantia) em nossos corações (II Coríntios 1.22). Satanás não poderá tocar em nosso espírito.

3. Possuídos pelo Espírito Santo.
Quando nascemos de novo passamos a ter o Espírito Santo em nós, este é o primeiro passo na vida cristã. O segundo passo é o batismo nas águas e o terceiro, o enchimento, o batismo no Espírito Santo (Atos 2.38), podendo em algumas vezes o ser cheio do Espírito Santo anteceder o batismo nas águas.

O início da Igreja ocorreu no dia de Pentecostes, quando cerca de 120 discípulos ficaram reunidos em Jerusalém, no cenáculo (pavimento superior de uma casa), por 10 dias, obedecendo a ordem de Jesus (Atos 1.4). Durante 10 dias ficaram juntos em comunhão e oração, e, após aprenderem a viver numa comunhão fortalecida pela oração, foi derramado sobre eles o Espírito Santo prometido. Encheram-se do poder de Deus, falaram em outras línguas (glossolalia), tornaram-se corajosos, foram capacitados para a grande obra de evangelização do mundo. Passaram a ser possuídos pelo Espírito Santo. O mesmo Espírito que moveu o ministério de Jesus, passou a mover os 120 naquele dia, e a todos os que buscaram esse enchimento pela História da Igreja, chegando até nós hoje e continuando até o arrebatamento da Igreja. O Espírito Santo sempre fez e continua a fazer a diferença em nossas vidas.

Não nos bastam os talentos natos ou adquiridos, o que é muito bom. Precisamos entregá-los ao Senhor. Através da unção plena do Espírito somos usados em um ministério poderoso.

4. Recebendo o enchimento do Espírito Santo.
Dunamis é o termo usado no original grego para designar o poder do Espírito Santo na vida da Igreja. Desse termo vem para a nossa língua, o português, as palavras dínamo – gerador de energia – e dinamite – artefato de grande poder explosivo. Do uso ou não desse poder resulta em nossas vidas a quantidade e qualidade dos frutos. Tomando a força do dunamis podemos exemplificar: Um grupo de pessoas está construindo um túnel com ferramentas manuais e encontra no caminho uma grande pedreira, se continuarem com as pás e picaretas o serviço além de demandar um grande tempo, ainda será exaustivo. O melhor caminho é fazer uso de explosivos (dinamite) e de máquinas perfuratrizes ligadas a uma fonte de energia (gerador). Assim também ocorre em nossa vida espiritual; enquanto usamos nossas próprias energias nada será produzido, se fizermos uso apenas de uma ou duas ferramentas espirituais, pouco será produzido; mas quando usamos tudo aquilo que o Senhor tem para nós, permitindo que sejamos usamos completamente pelo poder do Espírito do Senhor, então nossa obra será abundante.

O dom, o poder do Espírito Santo é para as pessoas salvas, que desejam ardentemente viver uma vida submissa e controlada pelo Espírito. O Dom do Espírito é para todos os crentes que desejam revestir-se de uma vida de poder. Os grandes homens de Deus que mudaram a história receberam um enchimento especial do Espírito Santo. Homens como João Wesley, Moody, Finnei e outros agiram no poder do Espírito.

Embora não exista uma fórmula para ministração do dom do Espírito Santo, o modo mais comum encontrado no livro de Atos é o de imposição de mãos mediante oração. Exemplos:- Em Samaria - Atos 8. 14 a 17, com Paulo - Atos 9.17, aos doze de Éfeso - Atos 19.6.

Juntamente com o Dom do Espírito são recebidos os dons do Espírito. Durante o nosso ministério temos presenciado muitas pessoas recebendo o enchimento do Espírito de diversas formas: algumas pessoas em pé caindo ao chão sob o poder do Alto, outras chorando, outras rindo, outras gritando de alegria, ainda outras ficando em silêncio profundo, outras apenas balbuciando; mas todas recebendo um dom espiritual, a maioria no momento, outras após alguns dias. Também não há padrão de local, pois muitos recebem nos cultos de celebração, em reuniões de oração, em reuniões de estudos. Ultimamente temos visto pessoas sendo cheias do Espírito e recebendo dons do Espírito nas reuniões dos grupos pequenos ou células.


Ivo Gomes do Prado - Pr. de área.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

"MAIS PERTO QUERO ESTAR": A HISTÓRIA DO HINO DE SARAH FLOWER ADAMS

Os autores 

Sarah Flower Adams
Sarah Fuller Flower Adams nasceu em 22 de fevereiro de 1805, na Inglaterra, em Old Harlow. Filha de Benjamin Flower e de Eliza Gould, é a filha mais nova. Teve como irmã a compositora Eliza Flower.

Em 1827, após a morte de seu pai, Benjamin, ela passa a morar com uma família, do Reverendo William Fox, onde se torna colaboradora de uma publicação chamada Monthly repository

Em 1834 casou-se com William Bridges Adams, que era engenheiro ferroviário. Na época, moravam em Loughton – onde, até hoje, há uma placa homenageando o casal.

Já desde cedo Sarah desenvolvia talentos para a composição e poesia. Em 1841 ela cria o seu maior trabalho, que é um dramático poema chamado “Vivia Perpetua”, que teve como tema a vida dos primeiros cristãos. Outro trabalho conhecidíssimo é “He sendeth sun, he sendeth shower”. Muitos dos hinos criados por ela foram musicados por Eliza, sua irmã. Nota-se que, diferente de muitos autores, ela não tinha o foco apenas na autoria de músicas, mas também de poemas, dramas e outros textos literários.

Infelizmente, devido a uma tuberculose, Sarah faleceu nova, com apenas 43 anos de idade, em agosto de 1848, na mesma cidade de Harlow. Todos aqueles que conheceram Sarah a consideravam uma mulher de beleza singular, de atratividade, uma verdadeira mulher “feminina”, com mente elevada e de alto astral.

Lowell Mason

Lowell nasceu em Medfield, nos Estados Unidos, em 8 de janeiro de 1792.

Um dos mais importantes nomes da música cristã internacional, compôs mais de, pasmem, mil e seiscentas músicas para os hinos, muitos até hoje cantados. Além disso, criou músicas conhecidas como “Mary had a little lamb". Também foi o pioneiro educador musical nas escolas americanas.

Aos 17 anos tornou-se diretor de uma escola de música em sua cidade natal. Tempos depois se muda para Savannah, onde ele trabalhou, inicialmente, num armazém, depois em um banco. Mas como a música pulsava forte nele, em pouco tempo estuda música com um professor alemão, e, então, passa a frequentar a Igreja Presbiteriana Independente, onde foi diretor do coral, organista e criador da primeira Escola Bíblia Dominical para crianças negras.

Em 1827 muda-se para Boston, onde, seis anos mais tarde, ajuda a criar a Academia de Música de Boston, Lá ficou até 1845.

Com 59 anos muda-se para Nova York, onde seus filhos passaram a ter um negócio na área da música. Teve uma passagem rápida pela Europa, em 1852. Mas voltou para a cidade norte-americana. Em 1860 muda-se para Orange, onde fica lá até o dia de sua morte, em agosto de 1872.

O hino

É interessante salientar que, durante muitos anos, apenas os homens escreviam hinos. Entretanto, aos poucos as mulheres também começaram a usar o dom de criar poesias e criaram muitos hinos, até hoje cantados. Mas algo que me desperta atenção é que esse é um dos mais antigos hinos dos nossos hinários, como a Harpa Cristã, o Cantor Cristão, o da Igreja Adventista, o da Igreja Presbiteriana, o da Congregação Cristã, entre outros.

Sarah e Eliza criaram várias músicas e poemas juntas. Foram aproximadamente 13 letras e 69 melodias criadas por elas para um hinário que o Rev. William Fox estava criando.

Um dia, nos idos de 1841, William pede pra que elas criassem um hino para acompanhar o sermão sobre Esaú e Jacó. Com isso, Sarah decide estudar a Bíblia, na história relatada em Gênesis 28, sobre o sonho de Jacó. E esse texto a impressionou muito. Durante uma viagem, Jacó adormeceu, na cidade de Betel, e resolveu deitar-se sobre algumas pedras, enquanto o sol se punha. Ele, então, sonha com uma grande estrada, como uma escada, cujo topo alcançava os céus. Nela, ele podia ver anjos subindo e descendo por ela. No alto desse caminho estava o Senhor, prometendo bênçãos a Jacó e sua família.

Não só o texto literal, mas também as várias figuras de linguagem foram usadas como base para Sarah escrever a canção. Como no verso dois da canção, que diz “andando triste aqui, na solidão, paz e descanso a mim, os teus braços dão”. Quando, no dia seguinte, Jacó acorda e constrói um altar ao Senhor, como um lugar para que possamos derramar nossa vida e nossas ofertas, temos refletido no hino em seu verso 4, onde diz que “Minhas aflições deixarei ali”. Muitos também falam que a cruz, citada na primeira estrofe, se refere às suas dificuldades físicas, que limitaram muitas de suas ambições.

A música, embora tenha sido inicialmente criada por Eliza, tornou-se mundialmente conhecida quando Lowell cria a melodia chamada de Bethany. Composta em 1856, foi publicada a primeira vez três anos mais tarde. Entretanto, o compasso não estava bom, estava irregular. Um dia, após ficar várias horas acordado pela noite, uma melodia vem em mente, o que faz ele escrever a mesma no dia seguinte. Muitos veem semelhança com a melodia de Oft in the stilly night.

As experiências

Sei que você que está lendo é, provavelmente, cristão. Mas até mesmo os não cristãos já ouviram falar desse hino, por causa de um dos mais famosos filmes da história do cinema mundial. Foi no mês de abril de 1917, onde da cidade inglesa de Southampton partiu o maior navio transatlântico até então construído. Falo do RMS Titanic. Era sua primeira viagem, em direção a Nova York. Muitas pessoas importantes viajavam nele. Não há muito o que falar, pois praticamente todos sabemos da história final.

Mas, o que eu quero me referir, é que entre os mais de 2.200 passageiros a bordo, havia um grupo especial: um grupo de peregrinos, crentes da Europa que estavam em viagem para o “Novo mundo”. Quando aconteceu o acidente e o navio estava naufragando, no meio do tumulto a orquestra de bordo – cerca de oito músicos - começou a tocar um hino... “Mais perto quero estar, meu Deus, de ti...” Tão logo isso aconteceu, algo emocionante se vê: o grupo de cristãos, aliados a outros tripulantes, se unem de mãos dadas e começam a cantar o hino, enquanto o navio afundava. Sem dúvida, indescritível.

Há um fato interessante relatado com referência a esse hino. Diz-se que, durante uma Guerra Civil, um bispo, Martin, foi expulso de sua casa pelos soldados do país. Sem rumo, decide andar sozinho, em direção ao mato. Nessa caminhada, ele ouve alguém cantando a canção “Mais perto quero estar”. Isso o faz seguir a voz, até encontrar uma casa de madeira, onde havia uma mulher idosa, sozinha, pobre, que cantava sem cessar essa canção – com alegria. Isso fez com que ele tivesse renovado o sentimento de confiança infinita em Deus, livrando-o de seus temores.

Outra história, mais relacionado a Sarah, – não sei se verídica - diz que quando os cristãos visitam a Palestina, chegando a Betel (que hoje é chamada de Bira, território pertencente à Jordânia), começam a cantar esse hino, pode-se visualizar os acontecimentos que Jacó visualizou há milhares de anos atrás.

Sem dúvida, não há o que discutir: as palavras deste hino tem sido um grande auxilio e um grande conforto para muitos crentes, em tempos de dificuldades.

Que Deus te abençoe!

@jonathacardoso

Fonte: Supergospel


MAIS PERTO
Letra: Sarah Flower Adams
Música: Lowell Mason

Mais perto quero estar meu Deus de Ti,
Inda que seja a dor que me una a Ti!
Sempre hei de suplicar:
Mais perto quero estar,
Mais perto quero estar, meu Deus de Ti!

Andando triste aqui, na solidão,
Paz e descanso a mim teus braços dão.
Sempre hei de suplicar:
Mais perto quero estar,
Mais perto quero estar, meu Deus de Ti!

Minha alma cantará a Ti Senhor,
Cheia de gratidão por teu amor.
Sempre hei de suplicar:
Mais perto quero estar,
Mais perto quero estar, meu Deus de Ti!

E quando a morte, enfim, me vier chamar,
Com serafins nos céus irei morar.
Então me alegrarei
Perto de Ti, meu Rei,
Perto de Ti, meu Rei,
Meu Deus, de Ti!

Traduzido por Edimilson de Deus Teixeira

http://www.supergospel.com.br/noticia_serie-sobre-a-historia-dos-grandes-hinos-da-musica-crista-parte-3-mais-perto-quero-estar_2864.html







quinta-feira, 15 de outubro de 2015

HISTÓRIA DO HINO "AO DEUS DE ABRAÃO LOUVAI"

O autor deste hino é Thomas Olivers.

Thomas Olivers nasceu em 1725, na pequena vila de Tregynos, em Montgomeryshire, Pais de Gales. Quando tinha apenas 4 anos de idade, ele perdeu seus pais. Foi, então criado, até atingir os seus 18 anos de idade, por um vizinho que era fazendeiro, um certo Sr. Tudor. Durante parte de sua adolescência, Olivers serviu como ajudante de sapateiro. O condado onde ele morava era uma região notória pelo crime e imoralidade. Era natural que o jovem Olivers, que gozava ampla liberdade no lar do Sr. Tudo, cairia num caminho prejudicial à sua vida. Pelas suas próprias palavras, Olivers disse que a sua vida se tornou muito “perversa e corrompida”

Um dia, quando na cidade de Brsitol, Inglaterra, Olivers se converteu ao ouviu uma pregação do famoso evangelista George Whitefield sobre o texto de Zacarias 3:2 - “Não é este um tição tirado do fogo?”. Depois disto, Olivers tornou-se pastor metodista. Olivers era um dos membros do grupo de pastores itinerantes que fazia parte do grupo dos irmãos Wesley. Por 22 anos ele viajou milhares de milhas a cavalo, através da Inglaterra e Irlanda, pregando o evangelho. Não era raro ele encontrar feroz oposição e duras perseguições nestas viagens. Olivers, porém, nunca vacilou na sua missão.

Numa destas viagens evangelísticas, ele foi à cidade de Londres, onde visitou a Sinagoga de Dukes Place. É possível que Olivers tenha sido atraído à sinagoga para ouvir o cantor Meyer Lyon (ou Meier Leoni, como era conhecido). Robert McCutcheons diz que Leoni possuía uma bela voz e que “sua voz atraente e os seus maravilhosos cânticos atraíram uma grande assistência até de gentios”. No dia em que Olivers assistiu à reunião, Leoni cantou Yigdal, que é uma Doxologia hebraica – um tipo de “Confissão de Fé”.

Olivers ficou encantado com a melodia que, naquela mesma noite, escreveu uma letra de adoração para ser entoada com a melodia cantada por Leoni no Yigdal. O hino composto era uma paráfrase de Thomas Olivers sobre os Treze Princípios Fundamentais da Fé de Israel. Os Treze Credos ou Artigos da Fé Hebraica haviam sido escritos por Daniel ben Judah de 1396 a 1404 e eram cantados pelos judeus no início do serviço de culto matutino e final de culto vespertino na sinagoga.

Josiah Miller, no seu “Singers and Songs of the Church”, de 1869, diz: “O filho de um velho ministro Wesleyano disse há poucos anos: ‘Lembro-me que meu pai contou-me que estava uma vez parado no corredor da 'City Road Chapel', durante uma conferência no tempo de Wesley, e Thomas Olivers, um dos pregadores chegou-se a ele e disse: 'Dê uma olhada nisto; eu o traduzi do Hebraico, dando-lhe, tanto quanto possível, um caráter espiritual, e Leoni, o judeu, deu-me uma melodia de sinagoga que combinasse com o texto; aqui está a melodia que deverá ser chamada Leoni’.”

O nome dado a esta melodia judaica é Leoni, em homenagem àquele cantor que primeiro cantou a melodia para Olivers. Em alguns hinários, a melodia é intitulada Yidgal, por causa do seu uso na cerimônia da sinagoga.

Parece que a letra e a música “casaram-se bem”, pois desde então o hino tem sido um dos prediletos dos cristãos em toda parte do mundo, especialmente entre os metodistas. É difícil encontrar um hinário metodista que não contenha este hino de Olivers.

Olivers tornou-se amigo de John Wesley, que mais tarde o designou para ser o redator da revista “The Artminiam Magazine”. Por 12 anos, Olivers trabalhou neste setor, porém, o seu trabalho não foi totalmente satisfatório a Wesley, devido ao fato de que Olivers incluía muitas vezes artigos que não eram sempre do agrado de Wesley, e também porque constantemente a revista saía com vários erros tipográficos.

Olivers se aposentou em 1789 e passou os últimos 10 anos de sua vida em Londres, onde morreu em 1799.

Este hino de Olivers tem sido uma bênção para aqueles que trabalham na evangelização dos judeus, pois com esta antiga melodia judaica é fácil atrair a atenção para a bela letra de adoração.

Conta-se que certa vez uma jovem judia havia confessado Cristo como seu único Salvador e, ao transmitir esta notícia a seu pai, um judeu devoto, este a ameaçou de morte. Naquela mesma noite ela se refugiou na residência do pastor que a havia batizado. Silas Paine, no seu livro “Stories of the Great Hymns of the Church”, conta o relato de uma testemunha ocular daquela cena: “Eu a vi, na sua hora de mágoas, quando ela percebeu pela primeira vez que havia sido abandonada pela casa dos seus pais. Isto não chegou a desanimá-la nem a diminuir a sua alegria em Cristo. Nunca esquecerei aquela cena quando ele, de pé, com as mãos juntas, os olhos voltados para o céu e a fisionomia expressiva e iluminada, levantou sua voz e começou a entoar trechos do hino que já havia aprendido a char 'o seu hino'.” Era o hino de Thomas Olivers.

Quando o missionário Henry Martyn estava para embarcar para uma missão no Oriente, escreveu em seu Diário: “Algumas vezes estive muito ocupado em aprender o hino ‘Ao Deus de Abrão Louvar’: tão logo eu pude sentir a realidade das palavras desse hino minha mente ficou aliviada. Há algo peculiarmente solene e tocante para mim neste hino, especialmente nesta ocasião.”

Existem poucos hinos tão escriturísticos em cada linha. A música tem grande dignidade e solenidade, e deve ser cantada com andamento lento e solene.

Quem traduziu este hino para o português foi o Rev. Robert Hawkey Moreton.

http://cantandocomahistoria.webnode.com.br/products/ao%20deus%20de%20abra%C3%A3o%20louvai/


HISTÓRIA DOS PRIMEIROS HINÁRIOS EVANGÉLICOS NO BRASIL.


O DIA 17 de novembro de 1861 foi um dia especial para os primeiros cristãos de fé Evangélica Reformada. Era um domingo de manhã e os poucos crentes naquela época se reuniram para cantar em seu primeiro hinário, em sua própria língua. 

O hinário recebeu o nome de SALMOS & HINOS e trazia em seu prefácio: “Salmos & Hinos para o uso daqueles que amam a nosso Senhor Jesus Cristo”. Continha apenas 50 hinos, mas este pequeno hinário inspirou a tantos outros e a Igreja Cristã Evangélica brasileira tem uma coletânea maravilhosa para louvar a Jeová o Deus de toda graça, e a Seu Filho Jesus.

Esta pequena coletânea foi preparada pelos ilustres pioneiros missionários Congregacionais, o médico Dr Robert, e sua esposa, irmã dona Sara Kalley, que haviam chegado 6 anos antes e já haviam evangelizado algumas almas, cantando com hinos trazidos de terras além mar, e agora tinham seu próprio hinário. 

Este hinário foi inicialmente usado pelos missionários de todos os ministérios que aportaram aqui: Em 1859 chegavam os presbiterianos Calvinistas; em 1876 os Metodistas; e, em 1881, os Batistas. Mas foi no início do século 20, com a chegada dos missionários Luiz Franciscon e G. Lombardi (1910); este se separou de Franciscon, partindo para a Argentina e, oficialmente e a nível denominacional, pouco se soube dele, depois disso, e os motivos da separação. 

Em seguida chegavam os missionários Daniel Berg, e Gunnar Vingre, Batistas Suecos, fundadores da AD; mas também vindos, como Franciscon, com a chama “pentecostal” que Deus acendeu em Chicago com o derramamento do Espírito Santo entre os congregados na Rua Azuza; [Franciscom recebeu o batismo com o Espírito Santo na cruzada do pastor Willian Durhan] foi com a chegada destes que a Obra ganhou impulso e se começou a mudar a história religiosa no Brasil.

Todos estes usaram inicialmente o Hinário “Salmos & Hinos” da Igreja Congregacional. O primeiro hinário usado pela nossa Denominação foi o “inni e Salmi Spiirituali” datado de 1914, pouco depois, em 1928, surgiu um novo hinário denominado “Nuovo Libro D’Inni e Salmi Spirituali”, todos em Italiano, visto que os missionários, os primeiros convertidos, e os já convertidos que se uniram a Missão Franciscon; eram quase todos italianos ou descendentes.

Logo mais com o crescimento da Obra surgiu o primeiro Hinário de fato da Congregação Cristã. Este hinário misto, com hinos em português e italiano teve cerca de 2000 volumes aproximadamente. É provável que no princípio a CCB utilizasse de três diferentes versões de hinários já que o primeiro templo data de 1916. O próprio nome Congregação Cristã DO Brasil foi oficializado na Convenção de 1936.

O Hinário 2 saiu em Março de 1944, todo em português, com o título “Hynnos e Psalmos Espirituales”. Constava no prefácio que a maioria dos hinos foi composta por irmãos de diversas nacionalidades e, denominações evidentemente. Hoje estamos com o Hinário de número 5, correções gramaticais, acentuação métrica, doutrinárias, poéticas, sempre se faz necessário ainda mais em nosso vernáculo sempre sofrendo mudanças. O Cantor Cristão (Batista) surgiu em 1861; Cantor Pentecostal (1921) e a Harpa Cristã (AD 1922).


Não se justifica o orgulho Denominacional manifestado por alguns; “o orgulho é a galinha que choca todos os pecados” (C.S. Lewis); antes, sejamos humildes em reconhecer o bem que nos legaram, juntando-se aos milhares que proclamam o mesmo Salvador; cantando com voz de júbilo e gratidão. (Como temos várias fontes de informação, e oficialmente poucas, os historiadores se sintam a vontade para as devidas correções).
http://www.blogdomario.com/2013/11/um-pouco-de-historia-sobre-hinos-e.html

sábado, 10 de outubro de 2015

Biografia de Cantor Cristão

Biografia de Cantor Cristão

 O Cantor Cristão é um hinário (um livro contendo um conjunto de hinos, músicas cristãs tradicionais de várias épocas) da Igreja Batista publicado pela Juerp (Junta de Educação Religiosa e Publicações/criada pela CBB - Convenção Batista Brasileira, em 1907). Em sua totalidade o Cantor Cristão contém 581 hinos de edificação a Deus.

Hinário das Igrejas Batistas do Brasil - O Cantor Cristão é uma rica herança pertencente aos batistas brasileiros. O hinário, o segundo dos evangélicos brasileiros (o primeiro, "Salmos e Hinos", foi publicado em 1861), publicado em 1891 e a sua edição inicial continha somente 16 hinos, compilados por Salomão Luiz Ginsburg (1867- 1927), auxiliado pelo missionário metodista George Benjamin Nind (1860-1932), que trabalhou em Pernambuco (1882-1892).

As edições se sucederam, sendo sempre acrescidas de hinos novos. Em 1921 saiu a 17ª edição do hinário, já com 571 hinos, dos quais 102 eram de autoria ou tradução de Salomão Luiz Ginsburg (nascido na Polônia em 6 de agosto de 1867 - chegou no Brasil em 31 de março de 1927/ foi um ministro evangélico e um missionário batista no Brasil). Três anos mais tarde, em 1924, o hinário saiu pela primera vez com música, pois até então só continha as letras com os hinos.

Desde que Salomão Luiz Ginsburg editou o Cantor Cristão em 1891, muitas outras pessoas ilustres tem prestado a sua colaboração. Willian Edwin Entzminger (72 hinos), Henri Maxwell Wright (61 hinos), Manoel Avelino de Souza (29 hinos) e Ricardo Pitrowsky (23 hinos) são os que mais letras ou traduções fizeram no atual Cantor Cristão.

Salomão Ginsburg chegou ao Brasil no dia 10 de junho de 1890. Este judeu convertido deu uma das mais notáveis contribuições dos batistas brasileiros, O Cantor Cristão, publicado em primeira edição em 1891 (somente um ano após a sua chegada). No atual Cantor, 104 hinos levam o nome de Salomão Ginsburg, a maioria destes sendo traduções. Mesmo hoje, no Hinário para o Culto Cristão, há 30 hinos que levam o nome de Ginsburg.

William Edwin Entzminger, que serviu no Brasil nos anos 1891-1930 é outro missionário que grandemente contribuiu para a hinódia dos batistas brasileiros. No atual Cantor Cristão, há 72 hinos assinados por ele, sendo 16 destes originais. O Hinário para o Culto Cristão ainda retém 21 hinos de Entzminger. O amor deste missionário pelo Brasil se salienta em dois hinos dele que são os mais cantados por nosso povo.

Um destes é “Minha Pátria para Cristo”, hino que o saudoso pr. José dos Reis Pereira chamou “A Marselhesa dos batistas brasileiros”. O outro hino também tem um teor patriótico. Realmente, é uma experiência inesquecível ouvir uma congregação de batistas brasileiros cantar com seu incomparável entusiasmo, “Ah! Se eu tivesse mil vozes para o Brasil encher com os louvores de Cristo, que singular prazer!”

Outros missionários que também cooperaram com o Cantor Cristão foram Robert Neighbor, que atuou no Brasil somente de 1893-1895, mas contribuiu com cinco traduções e um hino original. Arthur Beriah Deter (1901-1940), quatro traduções; Albert L. Dunstan (1900-1937), três traduções; Otis Pendleton Maddox (1905-1945), uma tradução.

Uma das bênçãos que Deus nos deu e que jamais podemos abandonar é o nosso amado Cantor Cristão. Eu acredito que os hinos do Cantor Cristão nos trás maravilhosas e gratificantes mensagens, e certamente foram escritas e deixadas a nós, por homens inspirados pelo Espírito Santo de Deus, em seus momentos de angústias e tribulações; e também em momentos dos quais precisavam tomar decisões que dependiam só e unicamente da vontade de Deus.

Não se trata de um substituto da Palavra de Deus, mas é sim, sem dúvida alguma, um complemento que nos fala do verdadeiro amor de Cristo, dos verdadeiros cristãos, das nossas falhas, do modo como devemos proceder estando na posição de servos livres do Senhor, de como podemos ser santos. São hinos extraídos e baseados na Palavra de Deus.

A 36ª edição é histórica, pois pela primeira vez o Cantor Cristão saiu completamente documentado e com vários índices que farão dele um hinário muito mais útil.

Nos fins do ano de 2004, quando a JUERP começou a programar a celebração que deveria marcar o ano de 2007, com o centenário da Convenção Batista Brasileira, esta direção resolveu encomendar à sua área de música, uma nova edição do "Cantor Cristão", edição 37ª, pois afinal, 35 anos teriam se passado desde a última revisão feita.

Que o Cantor Cristão seja útil para o engrandecimento do evangelho nesta grande nação brasileira.
1ª. edição – 1891 - com 16 hinos lançada em julho/agosto de 1891, em Recife (PE).

2a. edição – 1891 - Com 23 hinos, lançada em novembro de 1891, em Salvador (BA).

4ª. edição – 1893 - Com 63 hinos, lançada em Niterói (RJ), em setembro de 1893.

5a. edição – 1894 - com 113 hinos, impressa na Tipografia Evangélica Batista, em Salvador (BA)

6ª. edição – 1896 - Ginsburg trabalhou em Campos (RJ) de outubro de 1893 a setembro de 1900. Com 153 hinos, lançada em Campos (RJ).

7ª. edição – 1898 - com 210 hinos, impressa na Tipografia "As Boas Novas", em Campos (RJ).

8ª. edição – 190l - lançada com os 210 hinos da 7ª. edição, acrescida de 15 hinos de Ira David Sankey (1840-1908); esgotada em setembro de 1902.

9ª. edição – 1902 - com 224 hinos. No prelo, em setembro de 1902; lançamento anunciado para dezembro de 1902; esgotada em agosto de 1903.

10ª. edição – 1903 - Editada pela Casa Publicadora Batista, no Rio de Janeiro (DF), com 225 hinos. Os exemplares do "Cantor Cristão" foram depositados nas residências dos missionários J. J. Taylor, A. L. Dunstan, Z. C. Taylor, S. L. Ginsburg, Eurico Nelson e J. E. Hamilton.

11a. edição – 1907 - Desde outubro de 1906 preparada por Ginsburg em Recife (PE), que solicitou aos leitores de OJB hinos novos para o "Cantor Cristão". Com 300 hinos e respectivo índice, pronta para impressão em fevereiro de 1907; lançada em junho de 1907, por ocasião da organização da Convenção Batista Brasileira; quase esgotada em fevereiro de 1910; de Recife (PE) foi enviada ao Rio de Janeiro (DF) para ser impressa na Casa Publicadora Batista. De 1900 até outubro de 1909, Ginsburg trabalhou no campo batista pernambucano.

12. edição – 1911 - Durante os dez primeiros anos de OJB (1901-1911) somente a letra dos hinos era publicada. No início da década de 1910 começaram a surgir as letras com as respectivas músicas, enquanto não era possível publicar a edição musicada do "Cantor Cristão", o que só aconteceria em 1924.

Com 400 hinos, preparada por Ginsburg, em Salvador (BA), desde janeiro de 1910. Com os lucros da edição, Ginsburg planejava publicar o "Cantor Cristão com Música". Ficou a 12ª. edição pronta para impressão em fevereiro de 1911. Em março deste ano, foi lançado um "Suplemento", com 70 hinos, anunciado em "A Mensagem", p. 29. Editada em Salvador (BA), mas impressa no Porto (Portugal), com índice dos assuntos, a 12ª. edição foi distribuída na assembléia da Convenção Batista Brasileira, em Campos (RJ), em junho de 1911, quando Ginsburg foi eleito relator da Comissão de Elaboração da edição musicada do hinário, integrada por W. E. Entzminger, O. P. Maddox, E. Paranaguá e A. Joyce. A Convenção Batista Brasileira adotou oficialmente o "Cantor Cristão" como hinário da Denominação Batista no Brasil. O "Cantor Cristão com Música" seria impresso na Alemanha, num formato semelhante ao do "Salmos e Hinos".

Ginsburg tinha informado, no periódico da Comissão de Evangelização da Bahia ("A Mensagem", p. 46) que os originais da 12ª. edição achavam-se nas oficinas gráficas em Portugal e comentou: " ... os hinos passaram ao cadinho de uma crítica rigorosa e, desse modo, estão, sob o ponto de vista doutrinário, dignos de apreciação ... as métricas e linguagem dos hinos correspondem a toda expectativa ... o belo arranjo do índice de assuntos auxiliará muito aos diretores das reuniões".

Em 20 anos (1891-1911) foram vendidos 65 mil exemplares do "Cantor Cristão" para 10 mil membros em 140 igrejas batistas existentes no Brasil. Na década 1911-1920 dobrou o número de batistas no Brasil. A década de maior crescimento numérico dos Batistas correspondeu à década de maior número de letras e/ou músicas de hinos publicadas em "O Jornal Batista" ! Em 1920, a tiragem semanal de OJB era de 5 mil exemplares!

13ª. edição – 1912 - Em fevereiro de 1912, Salomão Luiz Ginsburg (1867-1927) foi a Portugal para contratar com a Tipografia "Mendonça" (Porto, Portugal) a impressão desta edição.

14ª. edição – 1914 - Enquanto não ficava pronta, foi lançado um folheto com 42 hinos no vos. Editada com 450 hinos no Rio de Janeiro (DF), mas impressa no Porto (Portugal). Pela segunda vez, o "Cantor Cristão" continha índice de assuntos.

Na assembléia da Convenção Batista Brasileira, no Rio de Janeiro, em junho de 1914, foi distribuído um "Souvenir" com hinos publicados em "O Jornal Batista". Nessa assembléia foi eleita a Comissão do Hinário: S. L. Ginsburg, W. E. Entzminger e O. P. Maddox; revisores gramaticais: Adalbert Nicholl e Amelia Joyce; Ginsburg reeleito para a relatoria; eles confessaram: "ainda não é o que almejávamos que fosse".

Foi anunciada a impressão do "Cantor Cristão com Música", a ser lançado na assembléia da CBB em 1915; a eclosão da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) prejudicou os planos de Ginsburg.

15ª. edição – 1917 - Anunciado o lançamento para o fim do ano de 1916 ou princípio de 1917. Ginsburg afastou-se da Comissão do Hinário, possivelmente por discordar de Entzminger a respeito da edição do "Cantor Cristão com Música"; eles trabalharam juntos (1914-1920) na administração da Casa Publicadora Batista, mas nem sempre concordaram na elaboração do hinário.

16ª. edição – 1918 - Preparada em plena Primeira Guerra Mundial. Impressa com 500 hinos nas oficinas gráficas da Casa Publicadora Batista, no Rio de Janeiro (DF). Esgotada em outubro de 1919.

17a. edição – 1921 - A CBB tinha convidado, em 1920, Manoel Avelino de Souza, Ricardo Pitrowsky e Emma Paranaguá para a revisão das letras dos hinos e a publicação desta edição; com a substituição de E. Paranaguá por W. E. Entzminger, foi feita nova revisão. Continha 571 hinos. Foram impressos 15 mil exemplares. Lançada em março de 1921; esgotada em dezembro de 1922.

18a. edição – 1924 - Precedida pela coletânea de hinos evangelísticos, a ser usada até a publicação da 18ª. edição, esta estava em preparo desde 1922; continha só letras de 578 hinos. Impressa e lançada no Rio de Janeiro (DF).

1a. edição com música – 1924 - Planejada durante 13 anos (1911-1924). Em 1922 foram comprados os tipos com sinais musicais. A Casa Publicadora Batista encarregou Ricardo Pitrowsky de preparar a la. edição com música; ele apresentou proposta de emendas das letras dos hinos. Desde 1922 estava sendo impressa, por partes, nas oficinas gráficas da CPB, no Rio de Janeiro (DF). Continha 578 hinos. Em fevereiro de 1923 foi lançado o primeiro fascículo, com 51 hinos.

2ª. e 3ª. edições com música – 1930 e 1935 - Como ensinou Henriqueta Rosa, "edição é o lançamento de uma obra; se esta sofrer revisão e/ou acréscimo, e for reeditada, será uma nova edição; porém, se se tratar de uma simples reimpressão em tudo idêntica à anterior, sem qualquer alteração, será denominada tiragem". Por não termos em mãos estes hinários de 1930 e 1935, não estamos em condições de saber se eram realmente edições ou tiragens.

28ª. e 29ª. edições – 1941 e 1954 - Idem, em relação aos hinários de 1930 e 1935.

30ª. edição – 1956 - Ainda com 578 hinos, editada pela Casa Publicadora Batista e impressa em suas oficinas gráficas (Rua Silva Vale, 781, Tomaz Coelho), no Rio de Janeiro (DF).

31ª. edição – 1958 - Conforme determinação da assembléia convencional de 1958, foi distribuída entre líderes da CBB para apreciação em caráter experimental. Editada e impressa pela Casa Publicadora Batista. A Comissão Revisora (Manoel Avelino de Souza, Ricardo Pitrowsky, Moysés Silveira e Alberto Portella) propôs à CBB que no "Cantor Cristão" fossem conservados 460, sendo suprimidos 118 hinos da 18ª. edição (1924); a revisão não foi bem recebida; durante 13 anos (1958-1971), o "Cantor Cristão" ficou praticamente intocado e desconhecido pelo público batista.

32a. e 33ª. edições - Entre 1958 e 1963, houve circulação restrita aos líderes da Convenção Batista Brasileira.

34ª. edição – 1964 - Com 580 hinos, tendo sido elaborada por Manoel Avelino de Souza e Ricardo Pitrowsky, foi revista por Werner Kaschel, José dos Reis Pereira e Mário Barreto França, em janeiro de 1963, para corrigir a linguagem e atualizar a ortografia. Impressa pela CPB no Rio de Janeiro.

35ª. edição - Não sabemos se era realmente uma edição ou uma tiragem. As sucessivas impressões, que alteraram os textos dos hinos, talvez não possam ser consideradas edições. Em 1968, Joan Riffey Sutton fez intensa pesquisa hinológica.

36a. edição – 1971 - Elaborada pela Comissão integrada, até 1962, por Manoel Avelino de Souza (1886-1962) e Ricardo Pitrowsky (1891-1965), foi revista por Werner Kaschel, José dos Reis Pereira e Mário Barreto França, assessorados por Bill Ichter na parte da documentação. Continha 581 hinos. Editada pela JUERP e impressa na CPB, no Rio de Janeiro (RJ). Características: acréscimo de índices e documentação hinológica.

Na "Apresentação", redigida em julho de 1971, Bill Ichter informou: "os hinos estão todos com ortografia atualizada". A lei no. 5.765, sancionada em 18 de dezembro de 1971, aprovou alterações na ortografia da língua portuguesa. Observação: com a supressão de quatro hinos e adaptação na letra de 17 hinos, a 36ª. edição do "Cantor Cristão" foi adotada, em 1974, pela Convenção Baptista Portuguesa.

4ª. edição com música – 1971 - Publicada sob a supervisão do Departamento de Música da JUERP, dirigido por Bill Ichter, que foi auxiliado por Henriqueta Rosa Fernandes Braga, Antônio Azeredo Coutinho e Ivo Augusto Seitz. Impressa pela CPB. Continha 581 hinos e 8 índices. Reproduzia as músicas e as letras da 34ª. edição (1964). Características: correção da harmonia e introdução de novos termos musicais e novos cabeçalhos.

37ª. edição – 2007 - Editada pela JUERP (Rio de Janeiro, RJ) e impressa pela Geográfica (Santo André, SP). Contém 581 hinos. Lançada em janeiro de 2007. Preparada pela comissão integrada por Leila Christina Gusmão dos Santos (relatora), Marilene Coelho (letras) e Marcelo Yamazaki Carvalho (musicografia). Talvez a mais importante tarefa tenha sido a verificação da métrica dos hinos.
http://www.letras.com.br/#!biografia/cantor-cristao

Cantor Cristão Letras

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

HISTÓRIA DO HINO SOSSEGAI - CANTOR CRISTÃO 328 - (Mestre O Mar Se Revolta).

SOSSEGAI!  (Mestre O Mar Se Revolta).


Mary Ann Baker, a autora deste lindo hino nasceu em 16 de setembro de 1831. A tuberculose ceifou a vida dos seus pais e deixou-a órfã em tenra idade. Moravam em Chicago com a irmã e o irmão. Esse, um moço de excepcionais qualidades de caráter, começou a sofrer efeitos desta terrível doença. Das suas escassas economias, as duas irmãs conseguiram recursos para que ele viajasse à Flórida, na esperança de que no clima mais ameno começasse a melhoria. Não lhes foi possível acompanha lo. Tudo em vão. Em poucas semanas o mal se agravou e o rapaz faleceu, longe do aconchego da família. Não havia dinheiro para as irmãs irem ao seu enterro, nem para transportar o seu corpo para Chicago. Mary escreveu sobre esta experiência assoladora:
"Embora nosso choro não fosse 'como outros que não têm esperança' e embora tivesse crido em Cristo desde menina e desejasse sempre viver uma vida consagrada e obediente, tornei me terrivelmente rebelde a esse desígnio da divina providência. Disse no meu coração que Deus não amava a mim, nem aos meus. Mas a própria voz do meu Mestre veio aclamar a tempestade no meu coração rebelde e me trouxe a calma de uma fé mais profunda e uma confiança mais perfeita." 

Foi logo depois desta maçante experiência que o Dr. Horatio Palmer solicitou a Mary Ann o preparo de um grupo de hinos sobre os assuntos das lições da Escola Bíblica da sua igreja Batista. "Um dos temas era Cristo Acalmando a Tempestade. Esta lição expressou tão vividamente a minha experiência, que este hino foi o resultado"

Nas palavras da inigualável hinóloga Henriqueta "Rosinha" Braga, a experiência de Mary Ann não apenas permitiu lhe narrar com felicidade a passagem bíblica; mais do que isto, capacitou a à expressar a profunda fé na atuação do Mestre, quando estamos prestes a submergir nas dificuldades, tristezas e impasses em que a vida nos enreda.

Imediatamente, o próprio Dr. Palmer escreveu a música para o hino, que tem beneficiado a muitos com a sua mensagem de fé. Publicou-o na sua coletânea Songs of Love for the Bible School (Cânticos de Amor para a Escola Bíblica), em 1874.

Depois disto, Mary Ann se empenhou de corpo e alma à União de Mulheres Cristãs Pela Temperança. Neste ministério teve oportunidade de observar, bem de perto, o sofrimento de irmãs, esposas e mães de alcoólatras cujas vidas naufragaram pelo degradante vício de beber. Depois de chorar com muitas destas mulheres ao lado da sepultura destes seus entes queridos, ela testificou: "Tenho chegado a sentir gratidão pelas doces memórias do meu irmão. O caminho de Deus é o melhor".

Ao saber que seu hino também estava sendo uma grande benção em outros países. Mary Ann Baker disse: "Me surpreende muito que este humilde hino tenha atravessado os mares e sido cantado em terras bem distantes para a honra do nome do meu Salvador".

Este hino logo foi incluído em outras coletâneas, Nos Estados Unidos, tornou se tão amado que, em 1881, quando o Presidente Garfield foi baleado, ficou ente a vida e a morte, e finalmente morreu, este hino foi usado repetidamente em cultos em sua homenagem. Foi neste ano que a autora também faleceu.

Sankey incluiu este hino em Sacred Songs and Solos (Cânticos e Solos Sacros-1881), que o difundiu ao redor do mundo. Provavelmente foi deste hinário que o saudoso missionário William Edwin Entzminger o traduziu para o português em 1903 e o incluiu no Cantor Cristão. Esta bela tradução, muito fiel à letra original, fez com que o hino se tornasse um dos favoritos dos evangélicos brasileiros, também incluído em outros hinários, como nosso Hinário Evangélico.


SOSSEGAI!
1. Ó Mestre, o mar se revolta,
As ondas nos dão pavor!
O céu se reveste de trevas,
Não temos um salvador!
Não se Te dá que morramos?
Podes assim dormir?
Se a cada momento nos vemos
Já prestes a submergir!

CORO:
"À minha palavra obedecerão:
Sossegai!
O vento em fúria, o rijo mar,
Ou a ira dos homens, o gênio do mal,
Jamais poderão a nau tragar,
Que leva o Dono da terra e Céus!
Pois todos tem de obedecer:
Sossegai! Sossegai!
Por que haveríeis vós de temer?
Sossegai!"

2. Mestre, mui grande tristeza
Me quer hoje consumir;
A dor que perturba minh'alma, ?
Vem Mestre, me acudir!
De ondas do mal tão medonhas
Como me livrarei?
Só tu podes salvar me, ó Mestre
Vem, pois, meu Senhor, meu Rei!

3. Mestre, chegou a bonança,
Em paz eis o céu e o mar!
O meu coração goza calma
Que não poderá findar.
Detém te comigo, ó Mestre,
Excelso dom do Céu,
E assim chegarei bem seguro
Ao porto, destino meu!



quinta-feira, 8 de outubro de 2015

HISTÓRIA DO HINO "QUE SEGURANÇA, SOU DE JESUS".

Que Segurança, Sou de Jesus.
Letra: Fanny Jane Crosby (1820-1915)
Título Original: Blessed Assurance, Jesus Is Mine!
Música: Phoebe Palmer Knapp (1839-1908)
Texto Bíblico: "Justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, por quem obtivemos também nosso acesso pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e gloriemo-nos na esperança da glória de Deus." (Romanos 5:1 e 2)

Utilize este controle para ouvir o hino (formato MIDI): 

Fanny Jane Crosby nasceu em South East Putnam County, Nova York, a 24 de março de 1820. Ficou tragicamente cega em sua infância quando um médico de aldeia, ignorante, aplicou cataplasmas quentes em seus olhos inflamados.
A despeito do seu defeito físico, crê-se que a Srª Crosby, que mais tarde se casou com Alexander van Alstyne, (também cego), professor como ela, na Escola para Cegos de Nova York, tenha escrito uns 5.959 cânticos para duas firmas de publicações, e mais milhares de cânticos adicionais para produtores de livros de cânticos evangélicos, entre eles, homens bem conhecidos como Ira D. Sankey e W. H. Doane. Ela foi encarregada por uma casa publicadora de escrever três cânticos por semana durante um período indefinido e cumpriu esta comissão admiravelmente.
Conta-se que Fanny Crosby, orava muito e que não fazia nada, nem escrevia, sem primeiro ajoelhar-se e pedir a direção de Deus. Tinha ela uma amiga, filha de um famoso evangelista, que a visitava muito. Chamava-se Phoebe Palmer Knapp.
As palavras do cântico “Bendita Segurança” foram escritas como resultado de uma visita que a Srª Knapp fez a Fanny Crosby. A Srª Knapp escreveu a melodia, levou-a a sua amiga e após executá-la perguntou: – “Fanny, o que esta melodia diz a você?”
Fanny pensou por alguns momentos e então respondeu: -“Que Segurança, sou de Jesus.” Assim foram escritas as palavras e a música deste grande cântico de segurança, que é amado por milhares de cristãos em todo o mundo. A Srª Knapp foi bem conhecida como escritora de versos e música durante sua vida. Casou-se com o fundador da Cia. Metropolitana de Seguros de Vida e recebeu um salário anual de 50.00 dólares após a morte do marido. Grande parte de sua riqueza foi devotada à obra de caridade, antes de morrer em 1908, em Poland Spring, Maine.
Fanny Crosby foi amiga íntima de Grover Claveland que trabalhava como secretário da Escola para Cegos de Nova York, enquanto lá esteve como professora. Foi membro vitalício da Igreja Metodista Episcopal e morreu em Bridgeport, Connecticut, a 12 de fevereiro de 1915. Este seu cântico é provavelmente o mais lembrado dos muitos que ele escreveu.
Fonte: Histórias de Hinos e Autores – CMA – Conservatório Musical Adventista



quarta-feira, 7 de outubro de 2015

HISTÓRIA DO HINO MARAVILHOSA GRAÇA (HARPA CRISTÃ 204)

Letra e música: Haldor Lillenas (1885-1959) Título original: Wonderful Grace of Jesus
Haldor Lillenas (1885-1959)

Esse lindo hino de gratidão a Cristo por sua maravilhosa graça, foi escrito por Haldor Lillenas (1885-1959), em 1918.

Haldor Lillenas (1885-1959) nasceu na Noruega e emigrou para os Estados Unidos, quando ainda era criança. Convertido ao cristianismo, aos 21 anos de idade ele entrou na Faculdade, e depois tornou-se ancião e pastor da igreja de “Nazarene”. Ele obteve sua formação musical através de estudo autodidata e por correspondência. Ele e sua esposa, Bertha, trabalharam como evangelistas por um tempo, viajando pelo país inteiro.

Mais tarde, ele estabeleceu-se em Illinois, e comprou um órgão, pela “extravagante” soma de cinco dólares. Eles não tinham muito dinheiro na época. Compôs o hino: “Maravilhosa Graça (H.A 204)” naquele órgão, e vendeu os direitos autorais da música por incríveis (e também) cinco dólares.

Em 1924, Lillenas fundou a “Companhia de Música Lillenas”, em Indianápolis, Indiana, que mais tarde tornou-se a “Companhia Nazarene de Publicação”. Ele trabalhou como editor por 20 anos. Tal como muitos outros compositores, ele foi muito prolífico. Juntos, ele e sua esposa, escreveram mais de 4000 hinos.

Em 1982, Lillenas foi introduzido no Hall da fama da música evangélica.

Haldor Lillenas, algumas vezes questionava-se que o hino “Maravilhosa Graça (H.A 204)” começava rápido demais. Ele queria que fosse mais devagar, para que todos pudessem se concentrar na “Maravilhosa graça de Jesus”.

Fonte: Hymns We Love
Tradução e texto: Joel Júnior
Para conhecer mais sobre a história desse hino, e sobre a maravilhosa graça de Jesus, acesse o link abaixo:http://hinostradicionais.blogspot.com.br/2013/08/...
YOUTUBE.COM

HISTÓRIA DO HINO: JESUS É MELHOR (H.A 91)

HISTÓRIA DO HINO: JESUS É MELHOR (H.A 91)

Letra: Rhea F. Miller (1894-1966) Música: George Beverly Shea (1909-2013)
Título original: I’d Rather Have Jesus - George B. Shea (1909-2013)

Quando tinha 28 anos de idade, enquanto caminhava nos campos perto de sua casa, Rhea Miller lembrou-se da batalha travada por seu pai contra o álcool, e como o Senhor o libertara. Certa vez, seu pai comentou que preferia ter Jesus do que todo o ouro e prata do mundo, e do que todas as casas e terras que o dinheiro pudesse comprar.

Foi nesse momento de meditação nas palavras de seu pai, que ele escreveu a letra desse maravilhoso hino. Rhea era um excelente pianista, e ele próprio criou uma melodia para sua poesia. No entanto, mais tarde, o George Shea ao ler a letra do hino, criou a sua própria melodia. Esta melodia é a que todos conhecemos hoje, sempre que cantamos: “Jesus é melhor sim, que ouro e bens...”. Vejamos, a história de como George Shea (o famoso cantor das cruzadas evangelísticas de Billy Graham) criou a melodia deste hino:

O pai de George Shea (1909-2013) era pastor, e mesmo em sua juventude, ele já ministrava a área de música nas igrejas pastoreadas por seu pai. Prova disso, é que em uma manhã de domingo de1929, quando tinha apenas 20 anos, seu compromisso com Cristo foi reafirmado através de um pequeno pedaço de papel. Ele estava sentado ao piano, provavelmente preparando alguma música para ser executada no culto daquele dia. Seus olhos, então, avistaram um recorte na prateleira. Sua mãe, muitas vezes compartilhava com ele pequenos artigos e poemas que ela acreditava que fosse uma bênção para o filho. Neste caso, foi o poema de Rhea Miller. O coração de Shea foi tocado pela mensagem do texto, e ele imediatamente escreveu uma música para o poema, cantando-a pela primeira vez no culto daquela manhã de domingo. Assim surgiu esse tradicional hino!

Essas palavras cristalizadas na sua juventude, foram determinantes na utilização do seu dom a serviço do Senhor. Mais tarde, ele recusou uma oferta para tornar-se um vocalista num programa de rádio da rede. A possibilidade de um emprego estável e de muito dinheiro no negócio do entretenimento, poderia ter sido tentadora naqueles anos de “Depressão”, mas Shea não pensou duas vezes. Seu verso favorito da Bíblia era: “Os meus lábios gritarão de alegria quando eu cantar louvores a ti, pois tu me redimiste” (Salmo 71:23).

Em 1939, o rei George VI e a rainha Elizabeth vinheram para o Canadá, e visitaram o famoso: “Calgary Stampede”. Durante uma cerimônia especial, o "Chefe Pena Branca" foi convidado a cantar. Como cristão, ele cantou o hino: “Jesus é Melhor” (H.A 91). Em certo momento da música, ele cantou: “Pode ser um rei com poder nas mãos, mas do mal escravo sim...” Depois de seu solo, foi elogiado pelo rei e pela rainha, momento em que ele corajosamente perguntou: “E vocês, preferem ter Jesus?” E a rainha respondeu sem hesitar: “Sim, o rei e eu o faríamos”.

Quantas histórias lindas num único hino! Esta canção ecoa a pergunta penetrante: “Pois, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Marcos 8:36). Qual será a sua resposta? Espero que você responda com as palavras de Rhea Miller (1894-1966) e George Shea (1909-2013): “Mil vezes prefiro o meu Jesus, e servi-lo até o fim”.

Nota: George Shea (1909-2013) faleceu no dia 16 de abril de 2013, aos 104 anos. No entanto, sua fé permaneceu a mesma de 85 anos atrás quando ele criou a melodia de: “Jesus é Melhor” (H.A 91). Ao longo de sua vida, anunciou o evangelho através da música, para milhões de pessoas no mundo inteiro, junto com as cruzadas evangelísticas do Dr. Billy Graham.

Assista o vídeo do hino aqui:


Fonte: Word Wise Hymns
Tradução e texto: Joel Júnior
http://hinostradicionais.blogspot.com.br/2014/07/historia-do-hino-jesus-e-melhor-ha-91.html

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

PASTOR ENÉAS TOGNINI ESTÁ NA GLÓRIA.


PASTOR ENÉAS TOGNINI ESTÁ NA GLÓRIA.



Com pesar, comunico o falecimento do colega e amigo amado pastor Enéas Tognini.
Pastor, professor, escritor,  fundou o Seminário Teológico Batista Nacional (STBN), e a Igreja Batista do Povo. Avivalista, é reconhecido como um dos maiores responsáveis pelo movimento de renovação espiritual da Igreja Evangélica Brasileira e pela criação da Convenção Batista Nacional.
A saudade causada pela ausência do nosso Pastor Enéas é compensada pela lembrança dos muitos frutos deixados e pela certeza de que nos encontraremos na Glória.
Que o Espírito Santo de Deus console os familiares, as ovelhas da IBP e os amigos!

Pr. Jonas Neves de Souza
Igreja Batista do Povo


Culto

● Teremos dois Cultos Cerimoniais na Igreja Batista do Povo
> Rua Domingos de Morais, 1100, Vila Mariana, São Paulo – SP  MAPA
- Hoje, 09/09, às 19h30
- Amanhã, 10/09, às 13h

Velório

 O corpo do Pr. Enéas Tognini será velado hoje (09/09), na Igreja Batista do Povo a partir das 14h30
> Rua Domingos de Morais, 1100, Vila Mariana, São Paulo – SP  MAPA

Sepultamento

 O corpo será enterrado amanhã, quinta-feira (10/09), às 15h, no Cemitério São Paulo
> Rua Cardeal Arcoverde, 1250, Pinheiros, São Paulo - SP MAPA



Conheça um pouco da historia desse querido homem de Deus

Filho de italianos, nasceu em 20 de abril de 1914 em Avaré. Converteu-se em 1932 aos 18 anos em Campo Grande - Mato Grosso, onde foi criado. Em 1933 se batizou e em 1938, atendendo ao chamado pastoral já estava no Seminário Batista do Sul no Rio de Janeiro. Formou-se em 1941, ano que foi ordenado ao ministério da palavra e neste mesmo ano assumiu a Igreja Batista do Barro Preto em Belo Horizonte e casou-se com Nadir.
Em 1946 veio para São Paulo, e assumiu a Igreja Batista de Perdizes e por 17 anos trabalhou no colégio Batista como, professor, vice-diretor e diretor. Em 1957 fundou a Faculdade Teológica Batista em SP. Em 1958 foi batizado com o Espírito Santo e após ser convocado pelo Senhor, entregou tudo em favor da obra do Avivamento no Brasil. Viajou cerca de 20 anos pelo Brasil promovendo o Avivamento. Em 1962 estava com Billy Graham em sua vinda ao Brasil, sendo um dos coordenadores da Cruzada.
Em 1963 criou o Dia Nacional de Jejum pelo Brasil, obtendo muito resultado em convocar o país para orar e na oração reverter a crise que se instalava.
Foi um dos fundadores da Convenção Batista Nacional em 1967. Em 1979 iniciou um trabalho na Casa de Portugal, SP, com cultos de avivamento. Esse trabalho resultou na fundação da Igreja Batista do Povo em 1981.
Sua esposa Nadir faleceu e tempo depois casou-se com Élia. Em 1981 fundou também o Seminário Batista Nacional que hoje leva seu nome. Em 1999 o Pr. Enéas entregou o pastorado da Igreja Batista do Povo para o Pr. Jonas Neves.
Em 2002 recebe o título de cidadão paulistano. No ano de 2004 foi eleito presidente da Sociedade Bíblica do Brasil e condecorado confrade da Academia Evangélica de Letras do RJ.
Em 2006 lançou sua autobiografia e foi reeleito presidente da SBB. Foi em 2008 condecorado confrade agora da Academia Evangélica de Letras de SP. A Sociedade Bíblica do Brasil lançou em 2009 a Bíblia do Avivamento em homenagem ao Pr. Enéas Tognini. Seu livro mais recente: Você está cheio do Espírito Santo? foi lançado em 2011, ano que completou 70 anos de ministério.
Em 2014, ano do seu centenário, foi inaugurado o Memorial Enéas Tognini, para homenagear e perpetuar a história de um dos principais avivalistas e evangelistas do Brasil, Enéas Tognini, escritor de mais de 45 livros, pastor, pai de três filhas, avo de 3 netos e 5 bisnetos e principalmente um homem de fé a serviço do Rei Jesus!
Atualmente era Pastor emérito da Igreja Batista do Povo e Presidente da Sociedade Bíblica do Brasil. Tognini foi também autor de 48 livros, entre eles: Batismo no Espírito Santo, Do Conselho do Senhor, O arrebatamento da Igreja, Na corda de Jesus, São Paulo será destruída, Tirai a pedra e Vidas Poderosas. Escreveu também sua autobiografia e a obra O período interbíblico, que narra a passagem do Antigo para o Novo Testamento, utilizado em muitos seminários teológicos pelo país. Foi condecorado confrade da Academia Evangélica de Letras.
O Pr. Enéas Tognini era fundador e diretor presidente do Seminário Teológico Batista Nacional Enéas Tognini, além de ter lecionado sociologia, filosofia e teologia em diversas instituições, como o Colégio Batista Brasil e a Faculdade Batista de Teologia.

Texto histórico escrito por Rubens Spada e adaptado pela equipe de Comunicação da Igreja Batista do Povo