Sarah Flower Adams
Sarah Fuller Flower Adams nasceu em 22 de fevereiro de 1805, na Inglaterra, em Old Harlow. Filha de Benjamin Flower e de Eliza Gould, é a filha mais nova. Teve como irmã a compositora Eliza Flower.
Em 1827, após a morte de seu pai, Benjamin, ela passa a morar com uma família, do Reverendo William Fox, onde se torna colaboradora de uma publicação chamada Monthly repository
Em 1834 casou-se com William Bridges Adams, que era engenheiro ferroviário. Na época, moravam em Loughton – onde, até hoje, há uma placa homenageando o casal.
Já desde cedo Sarah desenvolvia talentos para a composição e poesia. Em 1841 ela cria o seu maior trabalho, que é um dramático poema chamado “Vivia Perpetua”, que teve como tema a vida dos primeiros cristãos. Outro trabalho conhecidíssimo é “He sendeth sun, he sendeth shower”. Muitos dos hinos criados por ela foram musicados por Eliza, sua irmã. Nota-se que, diferente de muitos autores, ela não tinha o foco apenas na autoria de músicas, mas também de poemas, dramas e outros textos literários.
Infelizmente, devido a uma tuberculose, Sarah faleceu nova, com apenas 43 anos de idade, em agosto de 1848, na mesma cidade de Harlow. Todos aqueles que conheceram Sarah a consideravam uma mulher de beleza singular, de atratividade, uma verdadeira mulher “feminina”, com mente elevada e de alto astral.
Lowell Mason
Lowell nasceu em Medfield, nos Estados Unidos, em 8 de janeiro de 1792.
Um dos mais importantes nomes da música cristã internacional, compôs mais de, pasmem, mil e seiscentas músicas para os hinos, muitos até hoje cantados. Além disso, criou músicas conhecidas como “Mary had a little lamb". Também foi o pioneiro educador musical nas escolas americanas.
Aos 17 anos tornou-se diretor de uma escola de música em sua cidade natal. Tempos depois se muda para Savannah, onde ele trabalhou, inicialmente, num armazém, depois em um banco. Mas como a música pulsava forte nele, em pouco tempo estuda música com um professor alemão, e, então, passa a frequentar a Igreja Presbiteriana Independente, onde foi diretor do coral, organista e criador da primeira Escola Bíblia Dominical para crianças negras.
Em 1827 muda-se para Boston, onde, seis anos mais tarde, ajuda a criar a Academia de Música de Boston, Lá ficou até 1845.
Com 59 anos muda-se para Nova York, onde seus filhos passaram a ter um negócio na área da música. Teve uma passagem rápida pela Europa, em 1852. Mas voltou para a cidade norte-americana. Em 1860 muda-se para Orange, onde fica lá até o dia de sua morte, em agosto de 1872.
O hino
É interessante salientar que, durante muitos anos, apenas os homens escreviam hinos. Entretanto, aos poucos as mulheres também começaram a usar o dom de criar poesias e criaram muitos hinos, até hoje cantados. Mas algo que me desperta atenção é que esse é um dos mais antigos hinos dos nossos hinários, como a Harpa Cristã, o Cantor Cristão, o da Igreja Adventista, o da Igreja Presbiteriana, o da Congregação Cristã, entre outros.
Sarah e Eliza criaram várias músicas e poemas juntas. Foram aproximadamente 13 letras e 69 melodias criadas por elas para um hinário que o Rev. William Fox estava criando.
Um dia, nos idos de 1841, William pede pra que elas criassem um hino para acompanhar o sermão sobre Esaú e Jacó. Com isso, Sarah decide estudar a Bíblia, na história relatada em Gênesis 28, sobre o sonho de Jacó. E esse texto a impressionou muito. Durante uma viagem, Jacó adormeceu, na cidade de Betel, e resolveu deitar-se sobre algumas pedras, enquanto o sol se punha. Ele, então, sonha com uma grande estrada, como uma escada, cujo topo alcançava os céus. Nela, ele podia ver anjos subindo e descendo por ela. No alto desse caminho estava o Senhor, prometendo bênçãos a Jacó e sua família.
Não só o texto literal, mas também as várias figuras de linguagem foram usadas como base para Sarah escrever a canção. Como no verso dois da canção, que diz “andando triste aqui, na solidão, paz e descanso a mim, os teus braços dão”. Quando, no dia seguinte, Jacó acorda e constrói um altar ao Senhor, como um lugar para que possamos derramar nossa vida e nossas ofertas, temos refletido no hino em seu verso 4, onde diz que “Minhas aflições deixarei ali”. Muitos também falam que a cruz, citada na primeira estrofe, se refere às suas dificuldades físicas, que limitaram muitas de suas ambições.
A música, embora tenha sido inicialmente criada por Eliza, tornou-se mundialmente conhecida quando Lowell cria a melodia chamada de Bethany. Composta em 1856, foi publicada a primeira vez três anos mais tarde. Entretanto, o compasso não estava bom, estava irregular. Um dia, após ficar várias horas acordado pela noite, uma melodia vem em mente, o que faz ele escrever a mesma no dia seguinte. Muitos veem semelhança com a melodia de Oft in the stilly night.
As experiências
Sei que você que está lendo é, provavelmente, cristão. Mas até mesmo os não cristãos já ouviram falar desse hino, por causa de um dos mais famosos filmes da história do cinema mundial. Foi no mês de abril de 1917, onde da cidade inglesa de Southampton partiu o maior navio transatlântico até então construído. Falo do RMS Titanic. Era sua primeira viagem, em direção a Nova York. Muitas pessoas importantes viajavam nele. Não há muito o que falar, pois praticamente todos sabemos da história final.
Mas, o que eu quero me referir, é que entre os mais de 2.200 passageiros a bordo, havia um grupo especial: um grupo de peregrinos, crentes da Europa que estavam em viagem para o “Novo mundo”. Quando aconteceu o acidente e o navio estava naufragando, no meio do tumulto a orquestra de bordo – cerca de oito músicos - começou a tocar um hino... “Mais perto quero estar, meu Deus, de ti...” Tão logo isso aconteceu, algo emocionante se vê: o grupo de cristãos, aliados a outros tripulantes, se unem de mãos dadas e começam a cantar o hino, enquanto o navio afundava. Sem dúvida, indescritível.
Há um fato interessante relatado com referência a esse hino. Diz-se que, durante uma Guerra Civil, um bispo, Martin, foi expulso de sua casa pelos soldados do país. Sem rumo, decide andar sozinho, em direção ao mato. Nessa caminhada, ele ouve alguém cantando a canção “Mais perto quero estar”. Isso o faz seguir a voz, até encontrar uma casa de madeira, onde havia uma mulher idosa, sozinha, pobre, que cantava sem cessar essa canção – com alegria. Isso fez com que ele tivesse renovado o sentimento de confiança infinita em Deus, livrando-o de seus temores.
Outra história, mais relacionado a Sarah, – não sei se verídica - diz que quando os cristãos visitam a Palestina, chegando a Betel (que hoje é chamada de Bira, território pertencente à Jordânia), começam a cantar esse hino, pode-se visualizar os acontecimentos que Jacó visualizou há milhares de anos atrás.
Sem dúvida, não há o que discutir: as palavras deste hino tem sido um grande auxilio e um grande conforto para muitos crentes, em tempos de dificuldades.
Que Deus te abençoe!
@jonathacardoso
Fonte: Supergospel
MAIS PERTO
Letra: Sarah Flower Adams
Música: Lowell Mason
Mais perto quero estar meu Deus de Ti,
Inda que seja a dor que me una a Ti!
Sempre hei de suplicar:
Mais perto quero estar,
Mais perto quero estar, meu Deus de Ti!
Andando triste aqui, na solidão,
Paz e descanso a mim teus braços dão.
Sempre hei de suplicar:
Mais perto quero estar,
Mais perto quero estar, meu Deus de Ti!
Minha alma cantará a Ti Senhor,
Cheia de gratidão por teu amor.
Sempre hei de suplicar:
Mais perto quero estar,
Mais perto quero estar, meu Deus de Ti!
E quando a morte, enfim, me vier chamar,
Com serafins nos céus irei morar.
Então me alegrarei
Perto de Ti, meu Rei,
Perto de Ti, meu Rei,
Meu Deus, de Ti!
Traduzido por Edimilson de Deus Teixeira
http://www.supergospel.com.br/noticia_serie-sobre-a-historia-dos-grandes-hinos-da-musica-crista-parte-3-mais-perto-quero-estar_2864.html
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