sábado, 6 de setembro de 2014

AVIVAMENTO NA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO (ZAIRE)


AVIVAMENTO NA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO (ZAIRE)

Depois que a maioria das pessoas tinha saído do salão, após o término de um culto no domingo de manhã, um jovem professor da escola voltou e sentou-se no banco da frente. Seu semblante era um pouco atemorizado e começou a estremecer.

Uma menina paralítica estava sentada no primeiro banco do lado das mulheres. Não lhe demos atenção, pois ela sempre ficava sentada ali até que quase todos tivessem se dispersado. Mas logo que o professor Yoane começou a falar, a menina Biboko se derramou em pranto. Seu choro passou a um grito, e depois a um uivo ruidoso. Não sei que outro nome dar ao que ela fazia. Oh, a agonia daquele uivo! ela cobria seu rosto com suas mãos, mas as lágrimas jorravam através de seus dedos. Quando finalmente ela conseguiu articular algumas palavras, ela clamou: “Que posso fazer? Que farei?” repetindo isto mais de cem vezes. Nesse ínterim toda a congregação havia voltado. Biboko estava derramando seu coração em lágrimas e Yoane estava confessando seus pecados.

Ele disse depois que tinha saído do prédio com seus amigos. Depois de dar uns cinco passos, suas pernas endureceram e ele não podia mais andar. Ele ouviu uma voz no seu coração advertindo-lhe que se ele deixasse a igreja sem consertar a sua vida com Deus, ele seria uma alma perdida. Ele ficou ali mesmo, travando uma batalha consigo mesmo. Depois ele confessou muitas desobediências e no fim da sua confissão ficou transbordante de alegria pelo seu perdão. Ele foi o primeiro caso de “embriaguez” no Espírito que presenciamos. Ele cambaleava, cantava e ria. Mais tarde ele compôs muitos hinos.

Naquele dia à noite, depois de terminada a reunião de oração dos missionários, fui chamado para ir ao alojamento dos operários, pois Deus estava operando ali. Que espetáculo! Nunca poderei esquecer-me dele! A pequena construção estava abarrotada de homens (as mulheres estavam do lado de fora) que estavam sentados, em pé, ou nos braços de alguém, chorando, confessando e agonizando. Um dos homens, que se achava nos braços de um outro, sem forças para se mover, clamava incessantemente: “Meu coração é perverso, meu coração é perverso. Oh, o que farei?

Quem pode dar-me um coração limpo? Não posso comparecer diante de Deus com este coração malvado!”

Depois dele proceder desta forma por algum tempo, aproximei-me dele e disse-lhe: “Você nunca encontrará alívio por dizer que seu coração é perverso. Nomeie os seus pecados e saiba que o Senhor perdoará cada pecado que você confessar.” Ele abriu seu coração e confessou falsidade, adultério, bebedice etc. Qual não foi a sua intensa sinceridade e remorso nesta confissão! Não posso transmitir isto por meio de palavras. Mas assim que ele terminou, encheu-se de alegria e louvor, e então se dispôs a ajudar seus amigos que ainda estavam angustiados.

Um missionário descreveu o que Deus estava fazendo naqueles dias da seguinte maneira: primeiro, prostrar-se pela horrível convicção de pecado; segundo, louvor a Deus pelo sangue de Jesus; terceiro, oração, agonizando-se em favor das almas; quarto, pregação, saindo para testemunhar e levar outros a um conhecimento salvador de Jesus; e finalmente, purificação, quando um ou outro se levantava e mostrava por revelação do Espírito, alguém que ainda não estava certo com Deus, e implorava-lhe que consertasse sua vida antes que fosse tarde demais.

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